quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!

No último texto do ano, ao invés de refletir 2011 ou imaginar como será 2012, resolvi inovar. Não vou refletir nada, nem imaginar nada. Vou simplesmente desejar um Ano Novo realmente NOVO.

Um Ano Novo realmente NOVO, com muita saúde, paz, alegrias e, principalmente, Literatura. Porque uma vida sem Literatura é uma vida sem magia, sem amor e romantismo, sem suspense, sem final feliz ou final inesperado, sem vilão e mocinho, sem reflexões filosóficas, deterministas e existencialistas. Enfim, uma vida sem Literatura é uma vida sem nenhum clichê! E uma vida que se preste precisa de utopias, idealizações e muitos clichês!

Sendo assim, Feliz Ano Novo! Feliz 2012!

sábado, 10 de dezembro de 2011

A felicidade é descobri uma nova história a cada leitura!

Hoje, Clarice Lispector faria 91 anos, se estivesse viva. Morta em 9 de dezembro de 1977, Clarice nos deixou vinte e quatro obras, entre romances, contos, crônicas e textos infantis. Além de grande escritora, principalmente contista, ela também foi jornalista e tradutora.

E é pelos contos que inicio a minha homenagem a Clarice Lispector, nascida ucraniana, numa aldeia que nem existe no mapa, mas brasileiríssima na alma.




“A quinta história” não foi o primeiro texto que li. Na verdade, descobri a obra de Clarice por meio do conto “Amor”, comentado por um professor, nos tempos da graduação. Além disso, escolhi aquele e não este, pois “A quinta história” tem muito a ver com uma das minhas paixões: ouvir histórias.

Para quem acompanha o blog, sabe que uma das lembranças mais fortes da minha da infância é a história de Ali Baba e os quarentas ladrões. A força da palavra que não abre apenas cavernas, mas constrói sonhos e Literatura. E tal como Sherazade, a voz de “A quinta história também conta histórias. E começa assim:

Esta história poderia chamar-se “As Estátuas”. Outro nome possível é “O Assassinato”. E também “Como Matar Baratas”. Farei então pelo menos três histórias, verdadeiras porque nenhuma delas mente a outra. Embora uma única, seriam mil e uma, se mil e uma noites me dessem. (p. 162)

Narrado em primeira pessoa, por uma dona de casa, ela se queixa de ter baratas em sua casa. Para solucionar o problema, a narradora relata como resolveu a questão: mistura-se “em partes iguais açúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria o de-dentro delas. Assim fiz. Morreram.” (p. 162)

E assim se segue: a cada nova história, uma nova narrativa. Sintético. Sedutor. As baratas não são as únicas a se transformarem em estátuas. Nós, leitores, também nos tornamos estátuas. É impossível resistir à mistura precisa de revelação e de mistério, que cada texto clariciano traz. A cada nova história, descobrimos um novo mundo, feito de magia e palavra.

No conto “A quinta história”, a sedução se realiza por meio de um jogo narrativo: são contadas quatro histórias, uma seguida da outra. Chega-se então a última história. A última? Ou seria a quinta de muitas outras? Não há resposta para isso. A nós, leitores petrificados, a solução é imaginar como será a próxima história. E ela “Começa assim: queixe-me de baratas.” Boa leitura!





Onde ler “A quinta história”
Livros:

A legião estrangeira. 8 ed. São Paulo: Ática, 1989.

Felicidade Clandestina. 7 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1991.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

E ela faz aniversário!

Feliz Aniversário! foi o segundo texto que postei no Palavra Escrita. Um dia depois do meu aniversário, resolvi que seria interessante escrever sobre essa data tão significativa e importante, pelo menos para mim.

E como o blog tinha e tem, ainda, como tema falar de Literatura, foi uma escolha mais do que natural comentar o conto “Feliz Aniversário”, de Clarice Lispector. E mais uma vez, recorro ao mesmo conto para celebrar o aniversário de Clarice, que amanhã completaria, se estivesse viva, 91 anos.

E para comemorar essa data tão importante para nós, apaixonados por literatura, decidi que revisitar os textos da Clarice. A cada leitura, um comentário. E antes de começarmos, apresento-lhe Clarice Lispector na sua última entrevista, dada a Júlio Lerner, no programa Panorama Especial, da TV Cultura, em fevereiro de 1977.






E Clarice, Feliz Aniversário!




Vídeo: entrevista editada por Andre Bispo
Conto: Feliz Aniversário: Releituras

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O livro que fez a minha cabeça!

Um mês depois, volto para apresentar a pergunta feita pelo site Educar para Crescer, para comemorar o Dia Nacional do Livro. Demorei um pouco (pouco para não dizer muito!) para escolher o livro que fez a minha cabeça. Na verdade, muitos livros fizerem e continuam a fez a minha cabeça. Poderia postar uma lista enooooooooooooooooorme, mas, provavelmente, um poste não seria suficiente.


E que livro fez a sua cabeça, pergunta o caríssimo leitor deste blog. Eis a imagem e, claro, o comentário.




A primeira vez que li o livro Contos de Assombração (Ática), eu estava no 2º ano do ensino médio, antigo segundo grau. Eu o descobri na biblioteca da escola e foi paixão a primeira leitura. Devorei todos os onze contos que compõem o livro, sendo que cada conto vem de um país da América Latina. Apesar das origens distintas, há dois pontos em comum: cultura popular e medo.

Cada narrativa apresenta uma história repleta de elementos de oralidade, de lendas indígenas, de espíritos da floresta, da noite e da morte. É a oportunidade de conhecer e de se assustar, também, com histórias que argentinos, nicaragüenses, colombianos, brasileiros, entre outros latinos-americanos, contaram e ouviram na calada da noite, à luz de vela!

Dentre todas as narrativas do livro, tem uma que adoro, que me fez ir atrás da obra na nos sebos de São Paulo: Maria Angula, do Equador. Conto da tradição oral equatoriana, relatado por María Gómez, uma senhora com mais de setenta anos, a Jorge Renán de La Torre; o texto é delicioso, não porque fala de comida, mas porque me faz voltar no tempo e reviver, ainda que só na imaginação, o ritual de ouvir histórias, ainda que sejam histórias de assustar!

E para que você, caro leitor, não fique muito curioso, (espero que fique muito curioso e vá ler o livro!), aqui vai uma versão do conto, adaptada pela TV México, em espanhol. ¡Maravilloso!



sábado, 29 de outubro de 2011

Dia Nacional do Livro!

Há exatos 201 anos, chegava ao Brasil a Real Biblioteca Portuguesa, juntamente com a Família Real Portuguesa.

E para comemorar essa data tão importante, posto a mesma pergunta que o Educar para Crescer está fazendo em seu site:

QUE LIVRO FEZ A SUA CABEÇA?

A ideia é bem legal, pois além da resposta, o internauta leitor publica uma foto com o livro que lhe fez a cabeça. E a minha resposta é fácil! Meu livro éAli Baba e os quarenta

Já falei deste livro aqui e o quanto ele é importante para mim. É mais que uma lembrança de infância, é o inicio da minha paixão pelos livros, pela Literatura, pela palavra! É uma pena! Mas infelizmente não tenho o poder de restaurar coisas perdidas (E nem o Google deu conta do problema).

Então só me resta pensar em outro livro. O problema é que foram tantos livros... quem sabe um dia eu não faço uma lista! Será enorme!

sábado, 10 de setembro de 2011

Adele, Rolling In The Deep

Descobri Adele e a música "Rolling in the deep" por acaso, quando procurava algo interessante para ver na tv. E eis que a encontro. Logo de cara, a música me chamou atenção. Mas do que isso, a música me conquistou!



 



Recomendo o CD 21, que você pode ouvir na Rádio Uol. O link é este aqui: http://www.radio.uol.com.br/#/album/adele/21/22006   Lá você ainda pode ouvir o primeiro CD da cantora, 19.

sábado, 3 de setembro de 2011

Escrever, escrever, escrever… escrever sempre!

Seis meses e alguns dias depois, cá estou eu. Pronta para voltar a escrever? Espero que sim!

Escrever, escrever, escrever, escrever, escrever...

Eu quero escrever! Mas não escrevo nada! Seria crise existencialista, criativa ou simplesmente preguiça? Definitivamente, preciso continuar! Preciso continuar a escrever! Foi por causa disso que o Palavra Escrita surgiu: a escrita.

Ao longo destes meses silenciosos, ainda que tenha falado rapidamente em algum momento; pensava que destino daria ao blog. Cogitei deletá-lo e partir para outra coisa. Tanto que ultimamente, tenho buscado algumas receitas na TV e na internet. Sim, caro leitor, receitas! Você não leu errado, estou procurando receitas de doces (principalmente estes) e de salgados. Porém, ainda não fiz nenhuma das que selecionei. Mas estamos caminhando...

Caso faça algo, tal evento será devidamente comentado. Com direito a receita e foto! (Neste dia, preparem os guarda-chuvas, pois vai chover muuuuuuuito!)

Enquanto me preparo para isso, escrevo! E sobre o quê? Sobre literatura, obviamente! Mas antes disso, refletimos e, principalmente, resolvemos: eu volto realmente a escrever ou tudo isso será apenas uma ideia passageira?

Não sei responder. Na realidade, prefiro não me comprometer. Prefiro simplesmente escrever! Sem neura, stress. Quero apenas escrever e pensar sobre o que escrever.

Sobre os temas, não nos prendamos aos temas ou as ideias. Só quero escrever! Escrever, escrever, escrever, escrever, escrever, escrever... sempre. Porque escrever, como diz Clarice Lispector é ...

é uma maldição. [...] Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.
Não estou me referindo a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação.
Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada... Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros.

Sendo assim, diante do que a escritora de o Perto do coração selvagem escreveu, concluo que escrever é viciante, porém só ela salva e abençoa, reproduzindo o irreproduzível.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Feliz Aniversário, Palavra Escrita!

Nada como comemorar mais um aniversário! E aniversário só é aniversário se tiver bolo e velas. Então, vamos a ele: o bolo!


Ah, não se esqueça de cantar "parabéns para você!!! Nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida!"




PS: Este bolo é real! E muuuuuuuuuito gostoso! Recomendo!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Uma pausa com ares de parada!

No último dia de fevereiro, após um mês sem escrever uma linha sequer, e sem saber exatamente o que escrever, concluo que atualizar o blog tornou-se um sofrimento. É a obrigação brigando com a inspiração... com a paixão.

Confesso que durante essa parara, não pensei no blog. Mesmo agora, não sei bem o que fazer com ele. Provavelmente perdi a escrita. Ou o prazer da escrita.
 
Será uma crise criativa ou uma crise existencialista?
 
Não sei com certeza o que irei fazer a partir de 1º de março. Pode ser que tudo isso seja passageiro, e eu volte a escrever como antes. Pode ser também que tudo isso seja definitivo, e eu não volte a escrever como antes.
 
Porém, antes de escolher qual caminho seguir, é preciso pensar, pensar com carinho. E ao contrário das outras pausas, tudo será avisado, informado, comunicado.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Espaço para uma crônica

  A noite do barulho   Era 1h50 da manhã de sexta-feira quando fui dormir. Um pouco tarde, eu sei, mas o sono tem se atrasado ultimament...