E você sabe qual foi o primeiro livro editado no Brasil?
Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga
fonte: Instituto Pró-Livro
E lá fomos nós! Nathalia, Manuela, Juliana e eu.
Elas, veteranas de shows do grupo, e eu, uma total leiga no assunto! Tão leiga que durante o show, eu simplesmente tentava acompanhar as músicas e a agitação do público. E diga se de passagem, o público era heterogêneo e multicolorido, pulava, vibrava, sorria encantados ao som do Teatro Mágico.
Do inicio ao fim, o espetáculo foi magia e encantamento! Fernando Anitelli e sua trupe seduziam a todos utilizando elementos oriundos do Circo e do Teatro. Agora, como um grupo que faz tais misturas, que nunca apareceu na TV ou tocou no rádio pode ter um público que sabe e canta todas as músicas?
A resposta é simples: INTERNET. Ao disponibilizar suas músicas na rede sem custo algum, O Teatro Mágico revela um posicionamento cultural e político. Eles não estão apenas divulgam, como também estão discutindo o papel da cultura brasileira numa sociedade que não a valoriza ou a simplesmente a ignora, especialmente se ela não estiver na mídia. Porém, Anitelli e Cia não se limitam a falar de cultura ou de sua pouca divulgação. Em “Cidadão de Papel” isso fica evidente, música que faz parte do Segundo Ato, nome do segundo cd e do show.
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Num jogo de palavras primoroso, a música denúncia a existência (ou seria a não existência?) de milhões de cidadãos que vivem “à margem de toda candura”; que “não habita, se habitua” a viver sem condições sociais e culturais, pois sua existência civil e cultural não passa de “um papelão”. É curioso, que “Cidadão de papel” me remete a uma outra música: “Comida”. Nela, os Titãs cantam que “A gente não quer só comida, A gente quer comida, diversão e arte.” Em outras palavras, de que adianta ter comida se a cultura fica longe de mim?
Mas ao longo do espetáculo, a cultura aproxima-se e ganha força e presença. Teatro, Música, Literatura, Dança, Circo... tudo torna-se uma coisa só. Regida pela magia e poder da palavra. É ela que produz a arte e a cultura, e é ela que cria a poesia. E é com poesia, rima e magia que O Teatro Mágico seduz, emociona e conquista o público, sem media ou mídia.
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Em homenagem a minha querida amiga, Ellen!
E me senti não só um peixe fora d’água, como também um estranho no ninho, que caiu de para quedas em pleno encontro as escuras! Exageros a parte, confesso que foi ótimo senti-las. Foi um misto de estranhamento com emoção e deslumbramento! Um paradoxo, sem dúvida, mas definitivamente inesquecível! E é inesquecível a palavra que resume o show d’O Teatro Mágico! E some a isto, o deslocamento que é ir a um show de um grupo desconhecido!
A primeira vez que ouvi falar deles, foi por intermédio de uma amiga, Ellen. Lembro-me que na época, não tão longe assim, ela me passou algumas letras de músicas do Teatro e um comentário: “Eles são ótimos!” Admito que até aquele momento, nunca tinha ouvido ou visto falar deste tal de Teatro Mágico!
E assim permaneci por algum tempo, até que...
A noite do barulho Era 1h50 da manhã de sexta-feira quando fui dormir. Um pouco tarde, eu sei, mas o sono tem se atrasado ultimament...